segunda-feira, 28 de maio de 2012

O grande drama shakespeariano de dr Damon: to be or not to be, that´s the question




“Ser ou não ser, eis a questão. Será mais nobre em nosso espírito sofrer pedras e setas com que a fortuna, enfurecida, nos alveja, ou insurgir-nos contra um mar de provocações e em luta pôr lhes um fim?” Hamlet- um príncipe da Dinamarca- fez esse discurso com a caveira de Yorick na palma da mão. Vale lembrar que a cena, nesse contexto, não existe no teatro.

Agora imagine o médico Damon Lázaro de Sena- o príncipe de Mato Dentro- encarnando esse personagem shakespeariano. Coloque a fala do nobre dinamarquês na boca do político itabirano. E ponto. Aí está um exemplo de como a vida imita a arte. Em tempo: Yorick era o bobo da corte.



E quem será o bobo da corte no processo eleitoral itabirano? Esse blog desconhece. Na certa ele será revelado durante a campanha. O Filhos da Curva da Estação aposta todas as fichas em Fernandinho Teté. Mas há de se reconhecer que o negociante da João Pinheiro terá que disputar a primazia com fortes concorrentes. Um deles é o “intelectual” eremita. Em breve você saberá um pouco mais sobre esse novo e misterioso personagem: o eremita “intelectual”.

A rotina anda muito difícil para o médico do Partido Verde. Até agora ele não tem absoluta certeza se conseguirá migrar de pré-candidato para candidato. Os pesadelos das contas de antigas campanhas atormentam dr Damon. Na semana passada, a Câmara Federal liberou os políticos com contas reprovadas em eleições passadas, os chamados “contas sujas”. Estima-se que mais de 21 mil candidatos serão beneficiados com essa iniciativa dos deputados.

A decisão final, porém, só acontecerá no Senado. E a partida ainda não está definida. O senador Aécio Neves, por exemplo, promete ir contra a decisão da Câmara. “Sou contrário à iniciativa e defenderei junto à bancada do PSDB a rejeição do projeto. Sou favorável à decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de aplicação do dispositivo com vigor nas eleições desse ano”, justificou o ex-governador de Minas Gerais.

Enquanto isso, uma realidade não passa despercebida no quadro político de Itabira: todo o mundo gostaria de ver Damon Lázaro de Sena fora de cena. O Grupão original por um motivo óbvio: o pevista é o principal adversário na corrida eleitoral. Já os membros do grupão genérico sonham ganhar a Prefeitura com os votos de um possível defenestrado dr Damon. Eis aí, então, o grande drama damoniano: ser ou não ser candidato, eis a questão.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A turma do Chaves agora está na rádio Antártida, a emissora da Viúva Porcina: a lanterninha da cidade


Título estranho esse acima. Enfim, quem é a lanterninha da cidade? A rádio Antártida ou a Viúva Porcina? Não tem erro. As duas colocações estão corretas. A Antártida segura a lanterninha na audiência radiofônica de Itabira há muito tempo. Já a Viúva Porcina é a  lanterna no coração dos homens.  Mas, enfim. Vamos parando por aqui. O papo é outro.

Recentemente o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) tirou de sua grade de programação o seriado Chaves. A iniciativa do empresário Sílvio Santos gerou uma onda de protestos dos telespectadores, em todo o Brasil. Os itabiranos, porém, nada têm a reclamar. Enfim, a turma do Chaves passa todas as manhãs na  Antártida, a  rádio da Viúva Porcina.

A bizarra história começa assim. O vice-prefeito Roberto Ferreira Chaves andaria com um papo muito cavernoso nos quatro cantos da cidade. A conversa fiada rola provavelmente num momento de intensa ebulição etílica.  O tucano estaria se gabando de pagar 20 mil reais por mês por um horário matinal na lanterninha da cidade. Já repararam na impagável carinha de adolescente retardado de Roberto Chaves?  

O Filhos da Curva da Estação, contudo,   não  acredita que o popular Beto Fechadura  cometeria  tamanha besteira. Ele aparenta ser muito esperto. Apesar daquela peculiar carinha de adolescente retardado. A lengalenga deve ser mais um desses fuxicos típicos das ocasiões de política.  O político de Senhora do Carmo teria que ser muito otário para agir assim.

Primeiro porque estaria financiando um “larga pau” nessa altura do campeonato, um momento impróprio. E, pior: pode estar cometendo o desplante de sair contando a façanha pelos botecos da cidade. E, mais: vinte mil, por apenas 120 minutos de programa, são muita grana para tão baixa audiência. Por cinco contos a Viúva Porcina já escancararia as portas da emissora para qualquer aventureiro de plantão.  A sem-marido vive numa pindaíba de dar dó. Coisa de vender o almoço pra comprar a janta.

Enfim, a atração (sic) supostamente bancada pelo vice-prefeito é comandada pelo locutor (sic) Juberenfimadeira. E esse texto, em seu contexto, como se vê, faz uma homenagem toda especial ao âncora do programa chaviano. Juberenfim conserva um cacoete típico de radialistas neófitos. De cada dez palavras que ele pronuncia, doze são o advérbio enfim. Enfim, um profissional de escasso vocabulário.  

E o blá blá  blá soa da seguinte forma  nas duas horas de duração da tucanomania: “enfim, Roberto Chaves é lindo. Enfim, Roberto Chaves é o maior político da história da cidade. Enfim, Roberto Chaves é maravilhoso. Enfim, Roberto Chaves ainda vai ser governador de Minas. Enfim, Roberto Chaves é muito charmoso. Enfim, Roberto Chaves é o grande papão da cidade”. Por isso- e apesar disso- a rádio Antártida não consegue se livrar de uma luminosa lanterna.

O Filhos da Curva da Estação tem algumas sugestões de pauta para Juberenfim. Mas, note bem: esse blog só quer contribuir para a elevação dos índices de audiência da grande atração (sic) supostamente bancada pelo vice-prefeito:

- No ano passado, Roberto Chaves rompeu com o governo João Izael. E a consequência foi traumática.  Todos os filiados do PSDB foram demitidos da Prefeitura da cidade, nas vésperas das festas de final do ano. O povo quer saber por que o vice-prefeito não largou as tetas até hoje? Por que ele, em solidariedade aos companheiros exonerados, também não entregou o seu cargo?

- Por que o prefeito João Izael ainda não executou os Menezes?  A família do ex-prefeito Luiz Menezes foi condenada a ressarcir os cofres públicos do município em cerca de 3 milhões de reais. Por que Juberenfim não fala nada sobre essa maracutaia? É hora de criticar também a estranha omissão do chefe do Executivo itabirano nesse caso.

Veja bem: esses dois assuntos colocariam o “Ibope” da rádio Antártida no píncaro.

Enfim: nessa semana aquele Chaves, não esse do Paraguai, retornou à programação do SBT.

terça-feira, 15 de maio de 2012

O Grupão ameaça processar dr Damon por plágio


Na última sexta-feira o pré-candidato a prefeito, Damon Lázaro de Sena, apresentou o primeiro bloco de partidos que formará a sua coligação na campanha eleitoral desse ano. Além do PV, estarão no palanque do médico pevista as seguintes agremiações partidárias: PSB, PMDB, PSL, PHS, PRTB, PC do B, PTC, PPS e PSC. Uma dezena de partidos é um Grupão?

Os avalistas desse emaranhado de siglas juram que não. Porém, já tem gente do Grupão original garantido que processará dr Damon por plágio. O termo Grupão apareceu na política itabirana durante o processo eleitoral de 2000. A candidatura de Ronaldo Lage Magalhães- naquela época- foi fruto de um acordo político entre os aliados de Luiz Menezes e os seguidores de Olímpio Pires Guerra, popular Li.

As duas facções eram ferrenhas adversárias. O cabeça de chapa pertencia ao grupo de Li. Já o candidato a vice-prefeito- João Izael Querino Coelho- jogava no time de Luiz Menezes. Esse ajuntamento autodenominou-se Grupão. Nem tanto pelo tamanho da coligação, mas principalmente pela força política. Apenas cinco partidos compunham a aliança que venceria o processo eleitoral: PDT, PFL, PL, PSD e PHS. Nas eleições de 2008, a coligação de João Izael contava com 18 partidos. Durante a campanha os oposicionistas tacharam esse conglomerado por Grupão.

Era uma clara ironia ao tamanho da composição. Esse ano, porém, a história parece mudar: Damon e seus simpatizantes estão virando sinônimo de Grupão. Esse quadro vai provocar muita confusão na cabeça de Fernandinho Teté, por exemplo. O comerciante da João Pinheiro sempre teve ideia fixa em Grupão. Ele pronuncia insistentemente essa palavra todos os dias. Agora, quando atentar contra a língua pátria, o retratista levará uma eternidade para explicar a que Grupão se refere: o antigo ou o novo? Vai ser duro para o popular Fernandinho Teté se safar desse terrível dilema freudiano.

sábado, 5 de maio de 2012

Denúncia de Luiz Zanon pode deixar João Izael e Roberto Chaves inelegíveis por dois anos


Na semana passada, o blogueiro Luiz Zanon soltou mais uma de suas já tradicionais bombas. O popular Luiz do Mosaico, o Neoanibalmoura, avisou que fez uma denúncia no Ministério Público de Itabira contra o prefeito João Izael Querino Coelho e o vice-prefeito Roberto Ferreira Chaves. O motivo de mais essa bomba norte-coreana foi um episódio das eleições municipais de 2008. Na época, a coligação situacionista exibiu um “nada consta” da Justiça Federal em favor do candidato João Izael, no horário eleitoral gratuito de televisão. Alguns dias antes, a Prefeitura da cidade havia sido invadida pela Polícia Federal (PF). Um caminhão de documentos foi levado à sede da PF, em Belo Horizonte, para investigações. Estava em curso, na ocasião, a Operação João de Barro.Segundo o Neoanibalmoura, a coligação de João Izael fez propaganda enganosa. 


“O pessoal do Grupão mostrou um documento da republicana Justiça Federal e falou que era da republicana Polícia Federal. Por isso eu, Luiz do Mosaico, que sou um republicano, fiz essa denúncia republicana no republicano Ministério Público contra essa republicana propaganda enganosa dos republicanos João Izael e Roberto Chaves”, explicou o republicano Luiz Zanon. Essa bomba de Luiz do Mosaico é café pequeno diante de outra que ele pretende lançar sobre a cidade nos próximos dias. A denúncia, que vai repercutir nas mídias nacional e internacional, está sendo mantida no mais absoluto sigilo. Porém, o republicano Filhos da Curva da Estação decidiu furar Zanon.


E o blogueiro adora ser republicanamente furado. A notícia sensacional é mais uma consequência da polêmica eleição de 2008. Atenção. Coloquem a música de edição extra do Jornal Nacional. Então, segurem a seguinte bomba: “Em tese, na reta final do processo eleitoral de 2008, um helicóptero, em tese, com um governador, em tese, desceu num sítio, em tese, na zona rural, em tese. No local aconteceu, em tese, uma reunião, em tese, entre o governador, em tese, o secretário de governo do município, em tese, um deputado, em tese, e o candidato da oposição, em tese. No encontro, em tese, o candidato da oposição, em tese, teria recebido um pequeno presente, em tese, para fazer, em tese, corpo mole, em tese, na reta final, em tese, das eleições, em tese. Tudo isso, em tese, para beneficiar, em tese, o candidato situacionista que, em tese, ganhou as eleições”. Então, como se vê, acabamos de furar Luiz do Mosaico, o Neoanibalmoura de Itabira.